OS VINHOS SEM RESÍDUOS DE PESTICIDAS

Se a utilização dos pesticidas é, muitas  vezes, considerada incontornável por parte dos  profissionais, sucede que a  presença de resíduos de pesticidas nos vinhos é uma outra questão relevante,  uma vez que afecta  a garantia sanitária dos produtos na perspectiva dos consumidores. Como se sabe, a regulamentação europeia impõe limites máximos de resíduos (LMR) para as uvas  para vinho mas não de forma explícita para o vinho, excepto algumas iniciativas privadas para certas moléculas.

Assim, a maioria dos vinhos presentes no mercado contêm resíduos de pesticidas que são detectáveis embora,  na maior parte das vezes, a uma escala  infinitésimal.  De acrescentar  que o limiar aceitável para a certificação  permanece por definir, o que coloca algumas questões, nomeadamente, no que refere a determinados produtos mesmo que presentes em doses muito reduzidas, para além dos próprios  metabolitos (moléculas reconstituídas a partir das moléculas utilizadas) que, por vezes, se revelam mais tóxicos do que as moléculas iniciais. Estes são aspectos ainda pouco explorados quer,  a nível científico, quer regulamentar. 

Os pontos de vista apresentados são da exclusiva responsabilidade dos beneficiários e não representam, de forma alguma, a opinião oficial dos orgãos de gestão do programa.